Cosméticos naturais e veganos ganham força no mercado brasileiro
Crescimento do setor acompanha mudança no comportamento do consumidor e avanços na consciência ambiental
A indústria da beleza passa por um processo de transição alinhado às demandas ambientais e sociais. Consumidores passaram a questionar a origem dos ingredientes, o impacto das embalagens e os testes realizados em animais. A valorização de ativos de origem vegetal, somada à aversão ao uso de componentes agressivos, ampliou a visibilidade das marcas que adotam práticas mais limpas e transparentes.
Dados e estatíticas
O mercado global de cosméticos sustentáveis movimenta mais de US$ 29 bilhões ao ano, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC). No Brasil, quarto maior mercado de beleza do mundo, o segmento de produtos naturais e veganos registra crescimento médio de 10% ao ano, impulsionado principalmente pelo público jovem e por consumidores com pele sensível.
Para a dermatologista Dra. Mariana Souza, o apelo não é apenas ambiental, mas também clínico: “O uso de cosméticos naturais reduz o risco de alergias e irritações, já que evita parabenos, sulfatos e derivados do petróleo. Além disso, a pele recebe ativos vegetais ricos em vitaminas e antioxidantes, que ajudam na regeneração e hidratação”, afirma a especialista.
Impacto
A popularização dos cosméticos veganos e naturais impacta o consumidor e o ecossistema produtivo. Ao optar por esses produtos, o público contribui para a preservação ambiental, estimula cadeias de insumo sustentável e fortalece pequenas marcas. O segmento também beneficia pessoas com dermatite, sensibilidade cutânea ou doenças crônicas, que encontram formulações menos agressivas e com menor potencial alergênico.
Especialistas alertam para a necessidade de atenção às certificações. Organizações como a PETA reforçam que nem todo produto rotulado como “natural” ou “vegano” cumpre critérios internacionais de sustentabilidade ou práticas cruelty-free. A recomendação é verificar selos, origem dos ativos e transparência das empresas antes da compra.
O avanço dos cosméticos naturais e veganos indica um movimento consistente do mercado e dos consumidores, que tendem a priorizar saúde, ética e sustentabilidade nos próximos anos. Especialistas projetam crescimento contínuo e ampliam o debate sobre responsabilidade socioambiental na indústria da beleza.
*Com informações da,Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da PETA – People for the Ethical Treatment of Animals

