Trump sanciona lei que encerra a maior paralisação da história do governo dos EUA

Após 43 dias de impasse no Congresso, o presidente Donald Trump sanciona projeto que retoma o funcionamento do governo americano e garante recursos até janeiro de 2026

Trump sanciona lei que encerra a maior paralisação da história do governo dos EUA
Foto: Brendan Smialowski / AFP

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sancionou o projeto de lei que coloca fim à maior paralisação da história do governo americano, o chamado shutdown, que durou 43 dias. A medida foi aprovada pela Câmara dos Deputados e pelo Senado após semanas de impasse sobre o orçamento federal e questões relacionadas à saúde pública. As informações são do G1.

A Câmara, controlada pelos republicanos, aprovou o texto por 222 votos a favor e 209 contra. Apenas dois republicanos: Thomas Massie, do Kentucky, e Greg Steube, da Flórida, votaram contra, enquanto seis democratas apoiaram o projeto. Poucas horas depois da aprovação, Trump sancionou a proposta, permitindo que o governo volte a funcionar plenamente nos próximos dias.

O shutdown começou quando o Congresso não conseguiu aprovar o orçamento dentro do prazo legal, o que paralisou serviços públicos e deixou milhares de servidores sem salário. No centro do impasse estavam as divergências entre democratas e republicanos sobre a inclusão de programas de assistência médica no orçamento. Os republicanos rejeitaram a proposta, mas prometeram discutir o tema novamente em dezembro, em uma votação separada.

O acordo aprovado pelo Senado, por 60 votos a 40, garante o financiamento do governo até 30 de janeiro de 2026, evitando nova paralisação no curto prazo. O texto também impede a demissão de servidores federais até essa data e assegura o funcionamento do programa de assistência alimentar “SNAP” até setembro de 2026.

Com a sanção, o governo americano começa a normalizar gradualmente seus serviços. Servidores voltam ao trabalho e famílias de baixa renda voltam a receber benefícios suspensos durante o período. No entanto, especialistas estimam que o sistema aéreo, fortemente afetado pela falta de trabalhadores, levará mais tempo para se recuperar completamente.

O acordo gerou divisões entre democratas, que desejavam incluir a prorrogação dos subsídios de saúde para 24 milhões de americanos. A proposta, no entanto, será discutida apenas em dezembro, sem garantia de aprovação. Pesquisas recentes indicam que a maior parte da população responsabiliza os republicanos pela paralisação, embora o desgaste político tenha atingido ambos os partidos.