Ministério da Saúde libera mosquitos estéreis para combater arboviroses

Estratégia inédita em territórios indígenas utiliza a Técnica do Inseto Estéril para reduzir a população do Aedes aegypti e a transmissão de dengue, Zika e chikungunya

Ministério da Saúde libera mosquitos estéreis para combater arboviroses
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Ministério da Saúde iniciou a liberação de mosquitos Aedes aegypti machos e estéreis na aldeia Cimbres, localizada no município de Pesqueira, em Pernambuco. De acordo com a pasta, já foram soltos cerca de 50 mil insetos como parte de uma estratégia voltada ao fortalecimento do controle de arboviroses na região.

A iniciativa impede que os mosquitos, ao acasalarem com as fêmeas, gerem descendentes, o que contribui para a redução gradual da população do vetor e, consequentemente, da transmissão de vírus como dengue, Zika e chikungunya. A ação marca o início da aplicação da Técnica do Inseto Estéril por Irradiação (TIE) em territórios indígenas, considerada uma alternativa segura e sustentável.

Nas próximas etapas, está prevista a liberação semanal de mais de 200 mil mosquitos estéreis. Além da aldeia Cimbres, a tecnologia será implantada no território indígena Guarita, em Tenente Portela (RS), e em áreas indígenas dos municípios de Porto Seguro e Itamaraju, na Bahia.

O investimento inicial na estratégia é de R$ 1,5 milhão, valor que contempla a produção dos insetos, a logística de distribuição e o monitoramento dos resultados. A continuidade e a ampliação da ação dependerão da avaliação técnica das equipes e dos impactos observados na redução dos casos das arboviroses.

Por não utilizar inseticidas e não representar riscos à saúde humana ou ao meio ambiente, a Técnica do Inseto Estéril é especialmente indicada para áreas de preservação ambiental e territórios indígenas, onde o uso de produtos químicos é limitado ou proibido.

*Com informações da Agência Brasil