França anuncia que vai reconhecer o Estado Palestino
Macron defende solução de dois Estados e pressiona por cessar-fogo em Gaza com desmilitarização do Hamas
alinepagotto 
O presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou nesta quinta-feira (24/7) que o país vai reconhecer oficialmente o Estado da Palestina, alinhando-se à decisão já tomada por 147 dos 193 países-membros da Organização das Nações Unidas (ONU). A medida será formalizada durante a próxima Assembleia Geral da ONU, prevista para setembro.
“Fiel ao seu compromisso histórico com uma paz justa e duradoura no Oriente Médio, decidi que a França reconhecerá o Estado da Palestina”, afirmou Macron, por meio da rede social X. Segundo ele, a decisão foi tomada após diálogo com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, que governa a Cisjordânia ocupada.
« Fiel ao seu compromisso histórico com uma paz justa e duradoura no Oriente Médio, decidi que a França reconhecerá o Estado da Palestina.
Farei o anúncio formal na Assembleia Geral das Nações Unidas em setembro.”
Emmanuel Macron https://t.co/8wdHMDnK2W — France au Brésil 🇫🇷🇪🇺 (@franceaubresil) July 24, 2025
O líder francês reforçou que a solução de dois Estados, rejeitada por Israel, continua sendo o caminho mais viável para uma paz duradoura no Oriente Médio.
Fim da guerra em Gaza
Apesar da medida ser vista como uma pressão direta sobre o governo de Israel, Macron voltou a defender um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza, condicionado à desmilitarização do Hamas e à libertação de reféns que ainda estão sob controle do grupo.
As negociações por uma trégua seguem tensas. Nesta quinta-feira, o Hamas respondeu à proposta de cessar-fogo de 60 dias, mas os novos termos apresentados não agradaram os Estados Unidos, que decidiram retirar seus negociadores do Catar, país que media os diálogos ao lado do Egito.
Os principais entraves continuam sendo a retirada das tropas israelenses de Gaza, a entrada de ajuda humanitária e a construção de um plano efetivo para o fim definitivo da guerra. Até o momento, não há clareza sobre a continuidade das negociações.
