Brasil celebra três anos de 5G com todas as metas cumpridas

A implementação do 5G no Brasil começou em 2022, após o leilão das faixas de frequência realizado pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). O projeto, que envolveu investimentos bilionários de operadoras como Vivo, Claro e TIM, tinha como objetivo inicial conectar todas as capitais até 2022 e expandir para cidades com mais de 30 mil habitantes até 2029. A antecipação do cumprimento das metas reflete o esforço conjunto entre governo e iniciativa privada para modernizar a infraestrutura de telecomunicações do país.

Dados e Estatísticas

De acordo com a Anatel, até julho de 2025, o 5G está presente em todas as 27 capitais e em mais de 1.500 municípios, beneficiando cerca de 70% da população brasileira. A cobertura inclui áreas urbanas e rurais, com 45 mil antenas instaladas. Um relatório da Ericsson aponta que o Brasil é o líder em adoção de 5G na América Latina, com mais de 20 milhões de conexões ativas. A velocidade média das redes 5G no país atinge 400 Mbps, dez vezes superior à média do 4G.

Citações e Fontes

O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, destacou o impacto da tecnologia: “O 5G está revolucionando a forma como vivemos, trabalhamos e nos conectamos. Cumprir 100% das metas é um marco para o Brasil”. Já o presidente da Anatel, Carlos Baigorri, afirmou: “A expansão agora foca em áreas rurais e na inclusão digital, mas precisamos garantir qualidade e acessibilidade”. Representantes da indústria, como a Febraban, elogiaram os avanços, mas cobram incentivos fiscais para acelerar a instalação de antenas em regiões remotas.

Impacto

A chegada do 5G tem impulsionado setores como telemedicina, com cirurgias remotas sendo testadas em hospitais de São Paulo e Recife, e a agricultura de precisão, com fazendas no Centro-Oeste utilizando sensores conectados para monitoramento de plantações. Na educação, escolas públicas em capitais como Brasília e Fortaleza implementaram laboratórios 5G para aulas interativas. No entanto, a desigualdade de acesso persiste: enquanto áreas urbanas desfrutam de alta velocidade, comunidades periféricas e rurais ainda enfrentam dificuldades de conexão.

Outro Lado

Críticos apontam que, apesar do sucesso nas metas, a implementação do 5G enfrenta desafios. Organizações da sociedade civil, como o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), alertam que os custos elevados dos planos 5G podem excluir populações de baixa renda. “A tecnologia é promissora, mas sem políticas públicas de inclusão, o 5G pode ampliar a exclusão digital”, disse Ana Paula Bialer, representante do Idec. Além disso, a instalação de antenas em algumas cidades enfrenta resistência de moradores preocupados com impactos ambientais e de saúde, embora estudos da OMS indiquem que o 5G é seguro.

Com as metas iniciais cumpridas, o próximo passo é expandir a cobertura para áreas rurais e reduzir os custos de acesso, garantindo que o 5G seja uma ferramenta de inclusão, não de exclusão. O Brasil está na vanguarda da América Latina, mas o desafio agora é transformar a conectividade em benefícios concretos para todos os brasileiros.