Gemini chega a Smartwatches com Wear OS: uma nova era para assistentes de IA

A novidade, apresentada durante o lançamento do Galaxy Watch 8, promete uma experiência mais intuitiva e conectada, com comandos em linguagem natural e integração com serviços do Google, como Maps, Busca e Workspace.

Gemini chega a Smartwatches com Wear OS: uma nova era para assistentes de IA

O Google anunciou a integração do Gemini, sua inteligência artificial (IA) generativa, aos smartwatches equipados com Wear OS 4 ou superior, marcando a substituição do Google Assistente em dispositivos de marcas como Samsung, Oppo e Xiaomi.

A novidade, apresentada durante o lançamento do Galaxy Watch 8, promete uma experiência mais intuitiva e conectada, com comandos em linguagem natural e integração com serviços do Google, como Maps, Busca e Workspace. A atualização reforça a aposta da empresa em IA vestível, mas também levanta questões sobre privacidade e precisão.

Gemini nos pulsos: como funciona

A ativação do Gemini em smartwatches é simples: os usuários devem atualizar o aplicativo “Google Gemini on Wear OS” pela Play Store, acessando a seção “Gerenciar apps”. Após a instalação, uma notificação confirma a ativação, e o Gemini pode ser acessado por comandos de voz (“Ok, Google”), pressionando o botão lateral, pelo ícone do app ou diretamente no mostrador do relógio. A interface principal, chamada “Pergunte ao Gemini”, permite interações fluidas com respostas em texto, áudio ou imagem.

Diferentemente do Google Assistente, o Gemini entende linguagem natural, o que significa que os usuários podem interagir de forma mais espontânea, como em uma conversa casual. Exemplos de comandos incluem perguntas práticas, como “Por quanto tempo devo assar legumes fatiados?” ou “Preciso de um guarda-chuva hoje?”, e tarefas integradas ao ecossistema Google, como “Resuma meu último e-mail” ou “Adicione jogos de beisebol ao meu calendário”. A IA também suporta lembretes, navegação e até a criação de playlists no YouTube Music, como “Crie uma playlist para correr 1,6 km em 10 minutos”.

Gemini Flash x Gemini Pro: qual escolher?

O Gemini está disponível em dois modelos para smartwatches: o 2.5 Flash e o 2.5 Pro. O Flash é otimizado para respostas rápidas e tarefas cotidianas, como traduções, geração de conteúdo ou interações simples, sendo ideal para o uso em dispositivos vestíveis com recursos limitados. Já o Pro, mais robusto, é indicado para atividades complexas, como programação ou resolução de problemas matemáticos, mas pode ser mais lento devido à sua maior capacidade de processamento. Ambos suportam texto, áudio, vídeo e imagem, mas a escolha depende da necessidade do usuário: agilidade ou profundidade.

No Brasil, onde smartwatches com Wear OS, como o Galaxy Watch e o Xiaomi Watch, têm ganhado popularidade, a integração do Gemini pode impulsionar a adoção de dispositivos vestíveis. A conectividade 5G, em expansão no país, também facilita o uso de IA em tempo real, especialmente para navegação e lembretes baseados em localização.

Vantagens e desafios

A principal vantagem do Gemini é sua integração com o ecossistema Google, permitindo uma experiência mais coesa para usuários de serviços como Gmail, Maps e YouTube Music. A capacidade de processar linguagem natural também torna a interação mais acessível, especialmente em um mercado como o Brasil, onde a familiaridade com assistentes virtuais ainda está em crescimento. Além disso, a interface do Gemini oferece botões de feedback para avaliar respostas, permitindo melhorias contínuas.

No entanto, o Google alerta que o Gemini pode cometer erros, recomendando que os usuários verifiquem as informações fornecidas. Questões de privacidade também são um ponto sensível, já que a IA processa dados como conversas e localizações. No contexto brasileiro, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) exige transparência no uso dessas informações, o que pode limitar certas funcionalidades ou exigir adaptações. Além disso, a dependência de conectividade constante pode ser um obstáculo em áreas com cobertura de internet instável.

Impacto no mercado e perspectivas

A chegada do Gemini aos smartwatches intensifica a competição no mercado de dispositivos vestíveis, onde empresas como Apple (com o Apple Watch e Siri) e Samsung (com Bixby) já disputam espaço. A integração de IA generativa em wearables também sinaliza uma tendência maior: a convergência de hardware e software para criar experiências personalizadas. No Brasil, a popularização de smartwatches acessíveis, como os da Xiaomi, pode ser impulsionada por essa atualização, especialmente entre consumidores interessados em produtividade e fitness.

O Google planeja expandir as funcionalidades do Gemini em futuras atualizações, incluindo maior suporte a idiomas locais, como o português brasileiro, e integração com novos serviços. Para os usuários, a novidade representa um passo rumo à automação inteligente no dia a dia, mas com a necessidade de equilibrar inovação com questões éticas e regulatórias.