Carla Zambelli se diz “exilada política” na Itália e agradece apoio de Flávio Bolsonaro
Deputada, condenada a 10 anos de prisão por ataque hacker, está foragida e teve nome incluído na lista da Interpol; pedido de cassação aguarda votação na Câmara
alinepagotto 
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) afirmou neste sábado (27) que vive como “exilada política” na Itália e agradeceu ao senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) por ter intercedido a seu favor junto às autoridades italianas. A declaração foi feita em vídeo publicado em sua conta reserva no Instagram, já que seu perfil oficial está bloqueado por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Zambelli está foragida há quase dois meses, após ser condenada pelo STF a dez anos de prisão por envolvimento no ataque hacker ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Em maio, Moraes determinou sua prisão, e desde então a parlamentar teve o nome incluído na lista vermelha da Interpol.
No vídeo, Zambelli celebra uma fala de Flávio Bolsonaro em entrevista ao portal Metrópoles, na qual o senador pediu que a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni e o vice-primeiro-ministro Matteo Salvini “abrissem as portas do governo” para a deputada. Segundo ele, Zambelli teria deixado o Brasil por não acreditar que enfrentaria um “processo justo e imparcial”.
"Eu queria dizer que hoje acordei com uma notícia muito boa, que é um vídeo do Flávio Bolsonaro falando por mim, pedindo por mim para a Giorgia Meloni [primeira-ministra da Itália], para o Matteo Salvini, que é o vice-primeiro-ministro daqui, pedindo para que me recebessem porque sou uma exilada política, sou uma perseguida política no Brasil", declarou Zambelli em vídeo publicado em seu perfil reserva no Instagram.
Na Câmara dos Deputados, o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), encaminhou à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), em junho, um pedido de cassação do mandato da parlamentar. A análise depende agora da marcação de sessão no colegiado, e posteriormente, de votação em plenário. O andamento, no entanto, deve ocorrer após o recesso legislativo, que termina no início de agosto.
Assista ao vídeo:
*Com informações do O Globo
